29 dezembro 2012

2012 em puzzle fotográfico...



Não tem havido muito tempo, pois esta época de Natal e preparação do aproximar do Novo Ano é sempre um pouco preenchida, no entanto resolvi rever algumas fotografias, alguns bons momentos do ano de 2012. 
E aqui fica um pequeno e simples "puzzle fotográfico" do ano que está a terminar.

Espero que este Novo Ano, que sei que vai ser diferente, seja igualmente sereno, organizado, produtivo, criativo e recheado de bons e felizes momentos!!

Um excelente 2013 para todos!!

Ainda o Natal...

E tal como no Natal do ano passado, recorri a algumas das minhas fotografias para criar postais e de forma diferente enviar simpáticas palavras a alguns amigos e familiares. 
Desta vez com uma série de fotos de Ginkgo biloba...



E para os mais pequenos um simpático Pai Natal criado pelos Madonnari...



12 dezembro 2012

"O meu olhar..."



"O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar..."

(Alberto Caeiro)

10 dezembro 2012

"The Famous Five..."




Como já devem ter percebido, não vos vou falar dos famosos Cinco que acompanharam boa parte da minha infância e com os quais sonhei ter muita aventuras...

Vou finalmente contar o motivo porque mudei de casa, um excelente motivo, pois finalmente a "família" estará reunida, os meninos que viviam em Portugal vão passar a viver com as meninas que estão em Florença.

Chegou o momento de o Filipe rumar a Itália, com o objecto de também ele ter a sua experiência de "Laboratório com vista..." e com ele vem os "nossos meninos" (Mel e Bilbo).

Com esta reunião familiar por terras de Dante era necessário ter uma casa maior e com um espaço apropriado aos animais, no mínimo uma varanda (e conseguimos uma bem grande).

E assim, o próximo ano inicia-se com esta agradável reunião em Florença.
Já consigo imaginar as novas rotinas e passeios destes não famosos mas igualmente aventureiros cinco. :)

02 dezembro 2012

"Chove? Nenhuma chuva cai..."


"Chove? Nenhuma chuva cai... 
Então onde é que eu sinto um dia 
Em que ruído da chuva atrai 
A minha inútil agonia ? 

Onde é que chove, que eu o ouço? 
Onde é que é triste, ó claro céu? 
Eu quero sorrir-te, e não posso, 
Ó céu azul, chamar-te meu... 

E o escuro ruído da chuva 
É constante em meu pensamento. 
Meu ser é a invisível curva 
Traçada pelo som do vento... 

E eis que ante o sol e o azul do dia, 
Como se a hora me estorvasse, 
Eu sofro... E a luz e a sua alegria 
Cai aos meus pés como um disfarce. 

Ah, na minha alma sempre chove. 
Há sempre escuro dentro de mim. 
Se escuro, alguém dentro de mim ouve 
A chuva, como a voz de um fim... 

Os céus da tua face, e os derradeiros 
Tons do poente segredam nas arcadas... 

No claustro sequestrando a lucidez 
Um espasmo apagado em ódio à ânsia 
Põe dias de ilhas vistas do convés 

No meu cansaço perdido entre os gelos, 
E a cor do outono é um funeral de apelos 
Pela estrada da minha dissonância..." 

(Fernando Pessoa)