28 fevereiro 2012

"The Italian Journey" - Roma...


foto de filipe's glance

No seu "The Italian Journey", Goethe apresenta a sua longa e descritiva viagem por Itália, às vezes também eu fico com  vontade de descrever algumas das minhas viagens e passeios por Itália...

Uma dessas viagens, não foi uma novidade, foi um  interessante regresso à Cidade Eterna, apenas por algumas horas (apenas de passagem), no último dia de umas agradáveis e revigorantes férias.

Quando apenas sem tem algumas horas e a cidade de Roma tem muito para oferecer, há que saber seleccionar de forma adequada, e como estava acompanhada por um "novato", saber como apresentar e despertar a curiosidade para uma nova e alargada visita.

Roma é uma cidade ideal para se visitar a pé (por mim, visitava sempre tudo a pé), pois os principais monumentos, museus e igrejas encontram-se suficientemente perto uns dos outros. E para onde quer que olhemos, podemos deparar-nos com um pormenor pitoresco que agrada a maioria dos seus visitantes. Como dizia Goethe, “a cada passo um palácio, uma ruína, um jardim, um deserto, uma pequena casa, um estábulo, um arco triunfal, uma arcada, e todos tão próximos que os poderíamos desenhar numa pequena folha de papel”.

De mapa na mão, iniciámos o percurso próximo da Basílica de Santa Maria Maggiore, com o intuito de percorrer os principais vestígios de história e o labirinto de ruas cheias de vida, que também merecem particular atenção.

Assim, a primeira paragem, na nossa fabulosa viagem no tempo, foi o Colosseo, o símbolo mais famoso da cidade,  construído no século I como um presente para os Romanos. E ainda próximo deste imponente monumento, algumas vistas sobre as ruínas do Foro Romano e do Palatino.
Como é obvio, não descuidámos a passagem pela espantosa e extravagante Fontana de Trevi, de modo a apreciar a imponência e o brilho de Neptuno, mas sem atirar a moedinha e pedir desejos. Da primeira vez que passei por Roma, não coloquei em prática este tradicional hábito, e mesmo assim regressei a esta capital, da segunda não quis deixar de o fazer, pois nunca se sabe, além de pedir para regressar, aproveitei e pedi mais alguns desejos, devo dizer que todos eles se realizaram, ou porque assim tinha de ser ou porque Neptuno assim o quis, isso já não sei.  Mas como já tive a fortuna de ver alguns dos meus sonhos realizados e encontrava-me na companhia de um deles, não foi necessário voltar  a faze-lo, para não abusar da boa vontade dos deuses.
E para finalizar o dia, nada como passar algum tempo numa explanada a observar músicos, artistas e turistas. Esse tempo foi desfrutado na admirável Piazza Navonna, considerada uma das mais belas praças do mundo (eu concordo, apesar do meu gosto duvidoso, segundo a minha companhia...),  que deve a sua forma alongada ao antigo estádio romano sobre o qual foi construída.  E cuja principal atracção é a espectacular Fontana dei Quattro Fiume, de Bernini, representando simbolicamente o rio Ganges, Danúbio, Prata e Nilo.

Mas o dia não está terminado sem uma boa cena, que se realizou na enoteca Cul de Sac, com uns Raviole de Laranja e um vinho branco, mas o melhor ... as promessas e sonhos de voltar à cidade Eterna, para apreciar com mais atenção cada pormenor pitoresco, escutar o chamamento da água de cada uma das fontes, sentir o aroma e perfume de cada rua e ruela, degustar os doces gelados e assimilar séculos e séculos de história.



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