Na Piazza della Repubblica, podemos beber café (e não só) num agradável espaço histórico, o Caffè Giubbe Rosse, ao qual me costumo referir como o café dos escritores, o café dos artistas...
Com as suas mesas em madeira e as suas paredes forradas de quadros, este
belo estabelecimento, inaugurado em 1896, impôs-se como o quartel-general das
múltiplas revistas literárias que floresceram em Florença entre 1900 e 1938: Il
leonardo, La Voce, Lacerba, Solaria, Campo di Marte. Serviu mesmo, por
vezes, de sala de redacção.
Após a primeira guerra mundial, não voltou a ser o mesmo espaço, no
entanto os intelectuais, poetas, escritores e pintores continuaram a frequentar
o lendário Giubbe Rosse; que deve o sue nome aos coletes vermelhos que os
empregados utilizavam no início. Esses coletes foram proibidos no tempo do
fascismo e voltaram a ser utilizados após a segunda guerra mundial, no entanto depois deste período o ambiente
deste café nunca mais voltou a ser o mesmo, o espírito de criação e revolta antes gerado pelos artistas, não voltou a vestir o colete vermelho e o café não voltou ao seu anterior
esplendor...
Mas, os mitos permanecem vivos!
Todas as quartas à noite, os actuais proprietários tentam recriar o
ambiente dos encontros literários de séculos passados e talvez seja esta a altura ideal para nos deixar-mos envolver num clima nostálgico...
Como uma das “101 Cose da fare a Firenze almeno una volta nella vita”,
tivemos de ir satisfazer a nossa curiosidade, beber um café e ler os jornais (nacionais
e internacionais) que se encontram disponíveis para quem lá passa... mas entrámos lá, principalmente, para tentar imaginar a atmosfera dos encontros literários...
Fotos de filipe's glance.
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