Este
início de Dezembro, vai ser muito “agitado”, como os meses anteriores, não só em termos de trabalho, com
prazos (finais) a cumprir, apresentações e entregas, mas também muito
“agitado” emocionalmente.
Mais uma vez, encontro-me a guardar em caixas, os objectos e recordações destes
últimos (quase) quatro anos...
E
não está a ser muito diverso do ‘processo’ do ano passado. Com a diferença de que este ano tenho ajuda
e mais objectos e mais recordações. Como bem sabem, este último ano, aqui em Florença, foi partilhado!
Pensei
que o ‘processo’ iria ser mais simples, além da ajuda, igualmente pelo facto de
não ter tanto tempo. Tempo para me “perder” a folhear um livro, a reler um
postal, a recordar uma visita...mas, inevitavelmente, essa nostalgia esta a
apoderar-se de mim, mais uma vez; e acho que até com mais intensidade.
Com
mais intensidade, porque agora a mudança vai ser muito maior, o que por um lado
é muito agradável, mas que por outro faz-me ter muito receios.
O tempo passou assustadoramente depressa, parece que foi ontem que aqui cheguei e
agora estou a “empacotar” quatro anos da minha vida. Anos importantes,
recheados com bons e maus momentos, anos de aprendizagem e
crescimento...durante os quais acumulei “muita tralha”, mas que para mim são adoráveis
recordações e também colecções que adquiri na muitas feiras que visitei... :-)
Gostei
imenso desta nossa nova casa, da primeira casa dos “famous five”, e só por isso
tem um significado especial. E durante (quase) um ano, fomos aqui muito felizes! Estas
paredes também ‘encerram’ belíssimas memórias, mas sinto muito mais como minha casa, minha rua, as que deixei o ano passado...
Não
é o sair desta casa, que me deixa nostálgica, é mas o sair desta “minha” cidade.
Uma cidade que antes
mesmo de aqui viver, eu já a sentia como "minha"!
(mas, certamente, daqui a um tempo, vou recordar com saudade os caricatos momentos desta nossa casa e desta nossa rua)
Antes
do Natal, todos estes caixotes que, agora, se acumulam pela casa (e que são a
delícia do Mel e, principalmente, da Bianca) dizem “adio a Firenze” e rumam a
outra ‘terra encantada’. Tem como destino um novo lar, o qual eu ainda não
aprendi a chamar casa, mas pressinto que só preciso de lá entrar pela primeira
vez, para tal acontecer!
Alguns
elementos dos “famous five”, nessa mesma altura, também vão dizer “addio a Firenze”; para mim vai
ser um - “Até já”!
Ainda
vou voltar, no próximo ano, por um curto período, e ai sim, vou despedir-me de
uma forma mais serena dos meus ‘cantos e recantos’...
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