02 maio 2013

"Night Train to Lisbon..."

Fui ver a 'minha' Lisboa e um pouco da história do meu país, no grande ecrã...
E mais uma vez, ainda bem que li primeiro o livro. Gostei do filme, mas, exactamente por conhecer a história, fiquei com a sensação que era apenas um resumo (com algumas diferenças!).
No entanto, aconselho ambos!


" (...) a irritação é como um veneno ardente, que destrói todos os sentimentos brandos, nobres e equilibrados, e nos rouba o sono. Acossados pela insónia, acendemos a luz e irritamo-nos com a irritação, que se instalou dentro de nós como um parasita que nos explora e esgota. Não só nos sentimos furiosos pelo dano em si, como também pelo facto dele se desenvolver autonomamente dentro de nós, pois enquanto nós nos sentamos à beira da cama, com as fontes a latejar, o causador distante mantém-se indiferente ao poder destrutivo da irritação, cuja vítima somos nós. No palco vazio da nossa fantasia, mergulhamos na luz ardente de uma fúria muda, representamos, na mais completa solidão, um drama imaginário (...) "

(Comboio Nocturno para Lisboa, Pascal Mercier)

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