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No seu "The Italian Journey", Goethe apresenta a sua longa e descritiva viagem por Itália, às vezes também eu fico com vontade de descrever algumas das minhas viagens e passeios por Itália...
Uma dessas viagens, não foi uma novidade, foi um interessante regresso à Cidade Eterna, apenas por algumas horas (apenas de passagem), no último dia de umas agradáveis e revigorantes férias.
Quando
apenas sem tem algumas horas e a cidade de Roma tem muito para oferecer, há que
saber seleccionar de forma adequada, e como estava acompanhada por um "novato", saber como apresentar e despertar a curiosidade para uma nova e
alargada visita.
Roma
é uma cidade ideal para se visitar a pé (por mim, visitava sempre tudo a pé), pois os principais monumentos, museus
e igrejas encontram-se suficientemente perto uns dos outros. E para onde quer
que olhemos, podemos deparar-nos com um pormenor pitoresco que agrada a maioria
dos seus visitantes. Como dizia Goethe, “a cada passo um palácio, uma ruína, um
jardim, um deserto, uma pequena casa, um estábulo, um arco triunfal, uma
arcada, e todos tão próximos que os poderíamos desenhar numa pequena folha de
papel”.
De
mapa na mão, iniciámos o percurso próximo da Basílica de Santa Maria Maggiore, com o
intuito de percorrer os principais vestígios de história e o labirinto de ruas
cheias de vida, que também merecem particular atenção.
Assim,
a primeira paragem, na nossa fabulosa viagem no tempo, foi o Colosseo,
o símbolo mais famoso da cidade,
construído no século I como um presente para os Romanos. E ainda próximo
deste imponente monumento, algumas vistas sobre as ruínas do Foro Romano e do Palatino.
Como
é obvio, não descuidámos a passagem pela espantosa e extravagante Fontana de Trevi, de modo a apreciar a
imponência e o brilho de Neptuno, mas sem atirar a moedinha e pedir desejos. Da
primeira vez que passei por Roma, não coloquei em prática este tradicional
hábito, e mesmo assim regressei a esta capital, da segunda não quis deixar de o
fazer, pois nunca se sabe, além de pedir para regressar, aproveitei e pedi mais
alguns desejos, devo dizer que todos eles se realizaram, ou porque assim tinha
de ser ou porque Neptuno assim o quis, isso já não sei. Mas como já tive a
fortuna de ver alguns dos meus sonhos realizados e encontrava-me na companhia
de um deles, não foi necessário voltar
a faze-lo, para não abusar da boa vontade dos deuses.
E
para finalizar o dia, nada como passar algum tempo numa explanada a observar
músicos, artistas e turistas. Esse tempo foi desfrutado na admirável Piazza Navonna, considerada uma das mais
belas praças do mundo (eu concordo, apesar do meu gosto duvidoso, segundo a
minha companhia...), que deve a
sua forma alongada ao antigo estádio romano sobre o qual foi construída. E cuja principal atracção é a
espectacular Fontana dei Quattro Fiume,
de Bernini, representando simbolicamente o rio Ganges, Danúbio, Prata e Nilo.
Mas
o dia não está terminado sem uma boa cena,
que se realizou na enoteca Cul de Sac,
com uns Raviole de Laranja e um vinho branco, mas o melhor ... as promessas e
sonhos de voltar à cidade Eterna, para apreciar com mais atenção cada pormenor
pitoresco, escutar o chamamento da água de cada uma das fontes, sentir o aroma
e perfume de cada rua e ruela, degustar os doces gelados e assimilar séculos e
séculos de história.
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